Se o clima atual é “o futuro distópico é agora”, nada mais apropriado do que explorar a obra que inspirou a série Silo.

Hugh Howey começou essa jornada publicando de forma independente Wool, uma short story de 56 páginas. O sucesso levou à impressão de três edições coletâneas, formando o primeiro volume da trilogia. Para essa leitura conjunta, propomos o omnibus Silo #1 - Wool, que mergulha na vida das últimas pessoas sobreviventes da humanidade, confinadas h á gerações dentro de colossais silos subterrâneos, sob regras rígidas de comportamento e discurso.

💡 Dica 1: Em português, o livro foi publicado como Silo.

💡 Dica 2: Para quem curte garimpar no Book Outlet (Canadá), o título está por apenas $9.99, enquanto durar o estoque: Link aqui.

Exu retorna pro mês do cachorro louco com nada mais nada menos que Garcia Marques e o Em agosto nos vemos.

Para embalar o friozinho de novembro, vamos de comic novel : Persepolis, série autobiográfica de Marjane Satrapi que começa contando sobre a infância dela no Irã, publicada originalmente entre 2000 e 2004 (hoje é possível encontrar cópias “completas”, com todas as histórias em uma só edição). A história virou filme em 2007 quando levou o prêmio do júri em Cannes e também foi nomeado ao Oscar. 

A leitura de outubro é obviamente em homenagem ao… Halloween! Já que tem remake no ar (ainda não assisti) e eu sei que tem gente nesse grupo querendo ler (you know who you are), vamos de vampiro Lestat e o clássico Entrevista com o Vampiro, da Anne Rice. 

Leitura do mês de setembro, por motivos óbvios: Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie. Eu tentei ler quando era bem mais nova e desisti porque não tava entendendo grande coisa. Bora tentar ler de novo!

Dia 12 de agosto é dia de  “J'achète un livre québécois” (dia de comprar um livro quebecois). Então pra esse mês vamos de Quebec, mas um Quebec todo especial. Sanaaq foi escrito ao longo de quase 20 anos pela autora Inuit Mitiarjuk Nappaaluk, da região Nunavik, nos nortões do Quebec. No início, missionários jesuítas tinham pedido pra ela escrever frases e palavras simples de uso comum em Inuktitut, mas ela logo começou a criar personagens e histórias sobre a vida no Ártico (1953-1956). Eventualmente, um antropólogo aluno do Claude Lévi-Strauss se tornou amigo da Mitiarjuk (1961) e a incentivou a terminar o livro, que ele traduziu pro francês como parte do seu PhD. Sanaaq  também se encontra publicado em inglês.

Esse livro aqui eu ganhei de aniversário, comecei a ler e é lindo, emocionante. O que é bom a gente compartilha, logo daí portanto então, How high we go in the dark (2022) virou nossa leitura do mês de julho. Do autor nipo-americano Sequoia Nagamatsu, a história começa num futuro não muito distante, com a humanidade lidando com as consequências do aquecimento global, e no meio do degelo, um vírus danado que escapa das calotas polares e causa uma pandemia sem precedentes. Longe de ser um livro apocalíptico aterrorizante, Nagamatsu é de uma arte e delicadeza que em momentos faz pensar em Station Eleven, outro livrão que, é claro, Exu já leu.